Por detrás dos bastidores
As peles biológicas de borrego da Mylla
Um paraíso na floresta sueca
Na ilha Ammer, no centro de Jämtland Suécia, fica uma velha casa ano 1800. Nesta casa em madeira mora Linda Nilsson com a sua família. É uma família praticamente auto-suficiente. Tem produção de hortaliça, um lago onde pode ir buscar peixe para o jantar, e lenha para o forno a lenha podem ir buscar na floresta, que está cheia de alce, frutos silvestres e cogumelos. Para enriquecer a culinária também tem galinhas para produção de ovos e ovelhas e borregos, para produção de carne e que dão umas peles maravilhosas – todo biológico.
Borregos felizes
As peles biológicas de borrego da Mylla são de uma raça sueca, Jämtlandsfår, uma mistura de uma raça antiga sueca com a raça Merino, tipicamente brancas com uma pele densa e fofinha. Além disso pode aparecer uns borregos pretos e raramente cinzentos. Os cabelos desta raça não são muito ondulados e para aumentar a probabilidade destas propriedades aparecerem, a Linda, posteriormente, tem misturado a sua manada com uma outra raça sueca, Gotlandsfår, uma ovelha com uma pele menos densa mas com um cor tipicamente cinzenta e com cabelos muito macios e ondulados.
As ovelhas e borregos da Linda ficam no exterior praticamente o ano todo – por opção própria. Há um abrigo, claro, para protegê-las do inverno frio e nevoso com temperaturas geladas de 20 graus negativos ou menos. Mesmo assim, as ovelhas escolhem quase sempre ficar no exterior, uma vez que a pele densa e aquecedora proteja bem do frio.
Uma qualidade que se vê e que se sente
Aos 6 meses os borregos atingiram quase o tamanho de adulto. Embora a carne seja a parte mais valiosa, há cada vez mais uma procura das peles. Temos orgulho de agora poder trazer estes peles ao mercado português. Claro, preparado sem químicos tóxicos torna esta pele, de nascimento e alimentação, até a preparação da carne e a pele, um produto completamente biológico. Isso vê-se também da parte de trás da pele que neste caso é sempre branca de neve, ao invés de azulada – como é o caso quando químicos foram introduzidos na preparação final.
Como dar uma longa vida às peles
Lã é um material orgânico com propriedades únicas e favoráveis ao nosso corpo. Como é desenvolvida por meios naturais tem uma capacidade enorme de ses adaptar a uma variedade de temperaturas e características ambientais.
A proteina keratina, que também se encontra nos nossos cabelos e pele, tem a propriedade incrível de proteger seja no frio como no calor. Os cabelos, finamente separados, criam pequenas bolsas de ar que também isolam da temperatura exterior, seja o que for. A lanolina, uma gordura natural da pele, torna-a naturalmente repelente de humidade e sujidade. Junto com a keratina, que tem propriedades anti-bacterianas, criam uma barreira contra sujidade. Por isso não é necessário lavar uma pele biológica de borrego. Basta sacudí-la de vez em quando. Se cair vinho tinto ou vomito na pele pode passar por água fria ou usar um bocado de champô na mancha e depois deixá-la secar pendurada.
Um detergente normal para roupa, vai tirar todas essas propriedades naturais e a parte de trás da pele vai ficar dura e seca como papiro. Quando quer guardar a sua pele, convém pendurá-la sem enrolar.
As nossas peles não são laváveis. Caso apareça uma mancha, tente passar a parte dos pelos com água fria e/ou então use uma toalhita de bebé para limpar. Evite molhar a parte atrás.